Tradução do Novo Mundo da Bíblia Sagrada (nwt, pt_PT, 2016)

Neemias

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Neemias, 4

1 Assim que Sambalá soube que estávamos a reconstruir a muralha, ficou furioso e muito aborrecido,*1 e começou a fazer pouco dos judeus.

  1. Ou: “ofendido”.

2 E ele disse na presença dos seus irmãos e do exército de Samaria: “O que é que estes judeus fracos estão a fazer? Acham eles que vão fazer isto sozinhos? Será que vão oferecer sacrifícios? Pensam que vão terminar a obra num só dia? Vão fazer renascer as pedras queimadas dentre os montes de escombros poeirentos?”

3 Tobias, o amonita, estava ao seu lado e disse: “Até uma raposa que subisse esta muralha de pedras que estão a construir conseguiria derrubá-la.”

4 Ouve, ó nosso Deus, porque estamos a ser tratados com desprezo; faz com que a afronta deles recaia sobre as suas próprias cabeças, e que sejam levados cativos como despojo para uma terra estrangeira.

5 Não ignores a sua culpa nem deixes que o seu pecado seja apagado de diante de ti, pois eles insultaram os construtores.

6 Então, continuámos a construir a muralha. Fechámos todas as brechas e reconstruímo-la até metade da sua altura. E o povo continuou a empenhar-se de coração no trabalho.

7 Assim que Sambalá, Tobias, os árabes, os amonitas e os asdoditas souberam que o conserto das muralhas de Jerusalém estava a avançar e que as brechas estavam a ser fechadas, ficaram muito zangados.

8 Todos eles conspiraram para vir lutar contra Jerusalém e causar confusão.

9 No entanto, orámos ao nosso Deus e colocámos guardas de vigia, de dia e de noite, para nos protegermos contra eles.

10 No entanto, alguns entre o povo de Judá diziam: “Os trabalhadores*1 estão esgotados, e há demasiado entulho; nunca conseguiremos reconstruir a muralha.”

  1. Ou: “carregadores”.

11 E os nossos inimigos diziam: “Antes que eles se apercebam ou que nos vejam, entraremos no seu meio; vamos matá-los e parar a obra.”

12 Sempre que os judeus que moravam perto deles entravam na cidade, eles diziam-nos, vez após vez:*1 “Eles vão atacar-nos de todos os lados.”

  1. Lit.: “dez vezes”.

13 Por conseguinte, coloquei guardas nas partes mais baixas e desprotegidas, atrás da muralha; posicionei-os, divididos por famílias, armados com espadas, lanças e arcos.

14 Quando percebi que estavam com medo, fui imediatamente dizer aos nobres, aos subgovernadores e ao restante do povo: “Não tenham medo deles. Lembrem-se de Jeová, que é grande e inspira temor, e lutem pelos vossos irmãos, filhos e filhas, esposas e lares.”

15 Depois de os nossos inimigos saberem que tínhamos descoberto o que eles estavam a fazer, e que o verdadeiro Deus tinha frustrado os seus planos, todos nós voltámos a trabalhar na muralha.

16 Daquele dia em diante, metade dos meus homens trabalhava na obra, enquanto a outra metade ficava de guarda com lanças, escudos, arcos e cotas de malha. E os príncipes apoiavam*1 todos os da casa de Judá,

  1. Lit.: “estavam atrás de”.

17 que reconstruíam a muralha. Os carregadores faziam o trabalho com uma das mãos, e com a outra seguravam uma arma.*1

  1. Ou: “arma de arremesso”.

18 Cada um dos construtores tinha uma espada à cintura enquanto trabalhava, e o homem que tocava a buzina ficava ao meu lado.

19 Então, eu disse aos nobres, aos subgovernadores e ao restante do povo: “A obra é grande e extensa, e estamos espalhados ao longo da muralha, muito longe uns dos outros.

20 Quando ouvirem o som da buzina, juntem-se a nós onde estivermos. O nosso Deus lutará por nós.”

21 Assim, continuávamos a trabalhar enquanto a outra metade ficava com as lanças na mão, desde o raiar do dia até aparecerem as estrelas.

22 Naquele tempo, eu disse ao povo: “Que todos os homens e os seus ajudantes passem a noite em Jerusalém. À noite, eles servirão como guardas para nós e, durante o dia, trabalharão na obra.”

23 Por isso é que eu, os meus irmãos, os meus ajudantes e os guardas que me seguiam nunca tirávamos as vestes. Cada um mantinha a sua arma na mão direita.