Tradução do Novo Mundo da Bíblia Sagrada (nwt, pt_PT, 2016)

Neemias

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Neemias, 5

1 Entretanto, os homens e as suas esposas levantaram um grande clamor contra os seus irmãos judeus.

2 Alguns diziam: “Nós, os nossos filhos e as nossas filhas somos muitos. Precisamos de conseguir cereais para comermos e continuarmos vivos.”

3 Outros diziam: “Estamos a dar os nossos campos, as nossas vinhas e as nossas casas como garantia para conseguir cereais por causa da falta de alimentos.”

4 Ainda outros diziam: “Pedimos dinheiro emprestado para pagar o tributo do rei, dando os nossos campos e as nossas vinhas como garantia.

5 Ora, nós e os nossos irmãos somos da mesma carne e do mesmo sangue,*1 e os nossos filhos são como os filhos deles, mas, ainda assim, temos de sujeitar os nossos filhos e as nossas filhas à escravidão, e algumas das nossas filhas já são escravas. E nada podemos fazer para impedi-lo, porque os nossos campos e as nossas vinhas já pertencem a outros.”

  1. Lit.: “como a carne dos nossos irmãos é a nossa carne”.

6 Ao ouvir o seu clamor e estas palavras, fiquei muito zangado.

7 Então, refleti com cuidado sobre este assunto e comecei a repreender os nobres e os subgovernadores, dizendo: “Todos vocês estão a exigir juros*1 dos vossos próprios irmãos.” Além disso, convoquei uma grande assembleia por causa deles.

  1. Ou: “usura”.

8 Eu disse-lhes: “Na medida do possível, nós voltámos a comprar os nossos irmãos judeus que tinham sido vendidos às nações. Mas agora vocês vão vender os vossos próprios irmãos? Será que também vamos ter de comprá-los outra vez?” Diante disso, ficaram calados, sem saber o que dizer.

9 De seguida, eu disse-lhes: “O que vocês estão a fazer não é correto. Não deviam andar no temor do nosso Deus para que as nações, os nossos inimigos, não gozem connosco?

10 Eu, os meus irmãos e os meus ajudantes também lhes emprestamos dinheiro e cereais. Por favor, vamos parar de emprestar a juros.

11 Por favor, devolvam-lhes, ainda hoje, os seus campos, vinhas, olivais e casas, bem como o centésimo*1 do dinheiro, dos cereais, do vinho novo e do azeite que estão a exigir deles como juros.”

  1. Ou: “um por cento”, isto é, por mês.

12 Então, eles responderam: “Nós vamos devolver-lhes essas coisas e não lhes exigiremos nada. Faremos exatamente o que disse.” Chamei, portanto, os sacerdotes e fiz com que aqueles homens jurassem que cumpririam a promessa.

13 Depois, sacudi as dobras da minha roupa*1 e disse: “De igual modo, que o verdadeiro Deus sacuda para fora das suas casas e das suas propriedades todos aqueles que não cumprirem esta promessa e que, desta maneira, sejam sacudidos e fiquem sem nada.” Então, toda a congregação disse: “Amém!”*2 e louvaram a Jeová. E o povo cumpriu o que prometeu.

  1. Lit.: “sacudi o meu colo”.

  2. Ou: “Assim seja!”

14 Além disso, desde o dia em que ele*1 me nomeou governador na terra de Judá, do vigésimo ano ao trigésimo segundo ano do rei Artaxerxes, isto é, por 12 anos, nem eu nem os meus irmãos comemos o pão a que o governador tem direito.

  1. Isto é, o rei.

15 Contudo, os governadores antes de mim tinham sobrecarregado o povo e, todos os dias, exigiam-lhes 40 siclos*1 de prata para comprarem pão e vinho. Até os seus ajudantes oprimiam o povo. No entanto, eu não agi assim por temor de Deus.

  1. Um siclo equivalia a 11,4 g. Veja o Ap. B14.

16 Além disso, participei na obra desta muralha, e nós não adquirimos nenhum campo; todos os meus ajudantes estavam ali reunidos para a obra.

17 Havia 150 judeus e subgovernadores que comiam à minha mesa, além dos que vinham das nações vizinhas.

18 Todos os dias, eram preparados para mim*1 um touro, seis das melhores ovelhas, e aves; e a cada dez dias tínhamos todo o tipo de vinho em abundância. Apesar de tudo isso, não exigi o pão a que o governador tem direito, porque o povo já estava sobrecarregado com o trabalho.

  1. Ou: “por minha conta”.

19 Lembra-te de mim com favor,*1 ó meu Deus, por tudo o que fiz em benefício deste povo.

  1. Ou: “para o meu bem”.