Tradução do Novo Mundo da Bíblia Sagrada (nwt, pt_PT, 2016)

Eclesiastes

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Eclesiastes, 5

1 Presta atenção aos teus passos sempre que fores à casa do verdadeiro Deus; é melhor aproximar-se para ouvir do que para oferecer um sacrifício como fazem os tolos, pois eles não se apercebem de que estão a agir mal.

2 Não te apresses em abrir a boca, nem permitas que o teu coração fale irrefletidamente diante do verdadeiro Deus, pois o verdadeiro Deus está nos céus, mas tu estás na terra. É por isso que as tuas palavras devem ser poucas.

3 Pois o sonho resulta de muitas preocupações, e a fala insensata resulta de muitas palavras.

4 Sempre que fizeres um voto a Deus, não demores a cumpri-lo, pois ele não se agrada dos tolos. O que votares, cumpre.

5 Mais vale não fazeres um voto do que fazeres um voto e não o cumprires.

6 Não permitas que a tua boca te leve*1 a pecar, nem digas diante do anjo*2 que se tratou de um engano. Porque é que havias de deixar o verdadeiro Deus indignado por causa do que disseste, de modo a que ele destrua o que realizaste?

  1. Lit.: “leve a tua carne”.

  2. Ou: “mensageiro”.

7 Pois, assim como muitas preocupações levam a sonhos, de igual modo, muitas palavras levam à vaidade. No entanto, teme o verdadeiro Deus.

8 Caso vejas, na tua província, a opressão do pobre e a violação da justiça e do que é direito, não te surpreendas. Pois aquele que está numa posição de autoridade é observado por alguém superior a ele, e há outros numa posição ainda mais elevada do que a deles.

9 Além disso, o produto da terra é dividido entre todos; até o rei é servido com o que vem do campo.

10 Quem ama a prata nunca se fartará da prata, e quem ama as riquezas nunca ficará satisfeito com os seus rendimentos. Isto também é vaidade.

11 Quando as coisas boas aumentam, aumentam aqueles que as consomem. E que vantagem há para o seu dono, a não ser contemplá-las com os seus olhos?

12 Doce é o sono de quem serve, quer coma pouco quer muito; mas a fartura do rico não o deixa dormir.

13 Há uma grande desgraça*1 que tenho visto debaixo do sol: riquezas acumuladas para o próprio mal do homem que as possui.

  1. Ou: “calamidade”.

14 Essas riquezas perdem-se por causa de um mau negócio,*1 e, quando ele se torna pai, já não tem nada nas suas mãos.

  1. Ou: “uma ocupação calamitosa”.

15 O homem sai nu do ventre da sua mãe, e assim se vai embora. E não pode levar nada consigo por todo o seu trabalho árduo.

16 Isto também é uma grande desgraça:*1 assim como o homem vem, assim se vai embora; e que vantagem tem aquele que continua a trabalhar arduamente para alcançar o vento?

  1. Ou: “calamidade”.

17 Além disso, durante todos os seus dias, ele come em escuridão, com muita frustração, doença e indignação.

18 O que eu vi que era bom e apropriado foi o seguinte: que a pessoa coma, beba e desfrute dos resultados de todo o trabalho árduo pelo qual tanto se esforça debaixo do sol, durante os poucos dias de vida que o verdadeiro Deus lhe deu, pois essa é a sua recompensa.*1

  1. Ou: “porção”.

19 Também, quando o verdadeiro Deus dá riquezas e bens materiais a um homem, bem como a capacidade de desfrutar deles, este deve aceitar a sua recompensa*1 e alegrar-se com o seu trabalho árduo. Esta é a dádiva de Deus.

  1. Ou: “porção”.

20 Pois não pensará muito nos*1 dias da sua vida passageira, porque o verdadeiro Deus mantém-no ocupado com a alegria do seu coração.

  1. Ou: “não se lembrará muito dos”.