Tradução do Novo Mundo da Bíblia Sagrada (nwt, pt_PT, 2016)

2 Samuel

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

20

21

22

23

24

2 Samuel, 18

1 Então, David contou os seus homens e designou-lhes chefes de mil e chefes de cem.

2 E David colocou um terço dos homens sob o comando*1 de Joabe, um terço sob o comando de Abisai, filho de Zeruia, irmão de Joabe, e um terço sob o comando de Itai, o geteu. O rei disse então aos homens: “Eu também irei convosco.”

  1. Lit.: “a mão”.

3 No entanto, eles disseram-lhe: “Não deve ir, pois, se fugirmos, eles não se vão importar;*1 e, se metade de nós morrer, eles também não se vão importar, porque o senhor vale 10 000 de nós. Portanto, seria melhor que ficasse aqui na cidade e que nos enviasse ajuda.”

  1. Ou: “não fixarão o coração em nós”.

4 O rei disse-lhes: “Farei o que acharem melhor.” Assim, o rei ficou junto ao portão da cidade enquanto os homens saíam em grupos de cem e de mil.

5 E o rei deu a seguinte ordem a Joabe, a Abisai e a Itai: “Tratem bem o jovem Absalão, façam-no por mim.” Todos os homens ouviram quando o rei deu esta ordem a respeito de Absalão a todos os chefes.

6 Os homens saíram para o campo, a fim de enfrentar Israel, e a batalha foi travada na floresta de Efraim.

7 Os homens de Israel foram derrotados pelos homens de David. Naquele dia, houve uma grande matança: 20 000 homens foram mortos.

8 A batalha espalhou-se por toda a região e, naquele dia, a floresta devorou mais homens do que a espada.

9 Por fim, Absalão, que estava montado numa mula, deparou-se com os homens de David. A mula passou por baixo dos ramos de uma grande árvore e a cabeça de Absalão ficou presa nos ramos da árvore, de modo que ele ficou pendurado,*1 ao passo que a mula que ele montava seguiu em frente.

  1. Lit.: “pendurado entre os céus e a terra”.

10 Então, alguém viu o que aconteceu e foi contá-lo a Joabe: “Vi Absalão pendurado numa grande árvore.”

11 Joabe disse ao homem: “Se o viste, porque é que não o mataste ali mesmo? Nesse caso, eu iria dar-te com prazer dez peças de prata e um cinto.”

12 Contudo, o homem disse a Joabe: “Mesmo que me dessem*1 1000 peças de prata, eu não levantaria a mão contra o filho do rei, pois ouvimos a ordem do rei ao senhor, a Abisai e a Itai: ‘Não deixem que ninguém faça mal ao jovem Absalão.’

  1. Lit.: “eu estivesse a pesar nas minhas palmas”.

13 Se eu desobedecesse e lhe tivesse tirado a vida,*1 isso nunca ficaria escondido do rei, e o senhor não me protegeria.”

  1. Ou: “Se eu tivesse agido traiçoeiramente contra a alma dele”.

14 Joabe disse: “Não vou perder mais tempo contigo!” Assim, ele pegou em três dardos*1 e trespassou o coração de Absalão enquanto ele ainda estava vivo entre os ramos da árvore.

  1. Ou, possivelmente: “lanças”. Lit.: “varas”.

15 Então, dez ajudantes que carregavam as armas de Joabe vieram e golpearam Absalão até matá-lo.

16 A seguir, Joabe tocou a buzina e os homens pararam de perseguir Israel; assim, Joabe deteve-os.

17 Eles atiraram Absalão para um grande buraco na floresta, sobre o qual amontoaram uma pilha de pedras. E todos os homens de Israel fugiram para casa.

18 Em vida, Absalão tinha erguido uma coluna para si próprio no vale*1 do Rei, pois disse: “Não tenho nenhum filho para manter a lembrança do meu nome.” Por isso, deu à coluna o seu próprio nome, e, até hoje, chamam-lhe Monumento de Absalão.

  1. Ou: “na planície”.

19 Aimaás, filho de Zadoque, disse: “Por favor, deixa-me ir a correr para dar a notícia ao rei, porque Jeová lhe fez justiça, livrando-o dos seus inimigos.”

20 Todavia, Joabe disse-lhe: “Não vais levar a notícia hoje. Poderás fazer isso noutro dia, mas não hoje, porque o filho do rei morreu.”

21 Joabe disse então a um cuchita: “Vai, conta ao rei o que viste.” Assim, o cuchita curvou-se diante de Joabe e saiu a correr.

22 Aimaás, filho de Zadoque, pediu mais uma vez a Joabe: “Por favor, aconteça o que acontecer, deixa-me ir também atrás do cuchita.” Porém, Joabe disse: “Porque é que haverias de ir também, meu filho, se não há mais nenhuma notícia para levares?”

23 No entanto, Aimaás insistiu: “Aconteça o que acontecer, deixa-me ir.” Assim, Joabe disse-lhe: “Vai!” E Aimaás foi a correr pelo caminho do distrito do Jordão,*1 e, por fim, ultrapassou o cuchita.

  1. Lit.: “do distrito”.

24 David estava sentado entre os dois portões da cidade e o vigia subiu ao terraço que havia sobre o portão, junto à muralha. O vigia levantou os olhos e viu um homem a correr sozinho.

25 Portanto, ele gritou para avisar o rei. O rei disse: “Se ele vem sozinho, é porque traz alguma notícia.” À medida que o homem se aproximava,

26 o vigia viu outro homem a correr. Assim, ele gritou ao porteiro: “Olha! Há outro homem que vem a correr sozinho!” O rei disse: “Este também traz alguma notícia.”

27 O vigia disse: “Pela maneira de correr, o primeiro é Aimaás, filho de Zadoque.” E o rei disse: “Ele é um homem bom e traz boas notícias.”

28 Aimaás gritou para o rei: “Está tudo bem!” Então, curvou-se diante do rei com o rosto por terra e disse: “Louvado seja Jeová, seu Deus, que entregou os homens que se rebelaram*1 contra o meu senhor, o rei!”

  1. Lit.: “levantaram a sua mão”.

29 No entanto, o rei perguntou-lhe: “Está tudo bem com o jovem Absalão?” Aimaás respondeu: “Vi um grande alvoroço quando Joabe enviou o servo do rei e me enviou também a mim,*1 mas não sei o que era.”

  1. Lit.: “e o seu servo”.

30 Portanto, o rei disse: “Afasta-te aqui para o lado e espera.” Assim, ele afastou-se e ficou à espera.

31 Entretanto, o cuchita chegou e disse: “Trago a seguinte notícia ao meu senhor, o rei: Hoje, Jeová fez-lhe justiça, livrando-o das mãos de todos os que se rebelaram contra si.”

32 Contudo, o rei perguntou ao cuchita: “Está tudo bem com o jovem Absalão?” O cuchita respondeu: “Que todos os inimigos do meu senhor, o rei, e todos os que se rebelaram contra si para prejudicá-lo acabem como o jovem!”

33 O rei ficou abalado e subiu ao quarto de terraço, que ficava por cima do portão. Enquanto caminhava, ele chorava e dizia: “Meu filho Absalão, meu filho, meu filho Absalão! Quem me dera ter morrido em teu lugar, Absalão, meu filho, meu filho!”