Tradução do Novo Mundo da Bíblia Sagrada (nwt, pt_PT, 2016)

2 Reis

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2 Reis, 4

1 A esposa de um dos filhos dos profetas clamou a Eliseu, dizendo: “O seu servo, meu marido, morreu, e o senhor bem sabe que o seu servo sempre temeu a Jeová. Agora veio um credor para levar os meus dois filhos como escravos dele.”

2 Por conseguinte, Eliseu disse-lhe: “O que é que eu posso fazer por ti? Diz-me o que tens em casa.” Ela respondeu: “A sua serva não tem nada em casa a não ser um jarro*1 com azeite.”

  1. Ou: “jarro de bico”.

3 Então ele disse: “Vai, pede vasilhas vazias a todos os teus vizinhos. Traz quantas puderes.

4 Depois entra em casa e fecha a porta atrás de ti e dos teus filhos. Enche todas as vasilhas de azeite e separa as que estiverem cheias.”

5 Então, ela foi-se embora. Depois de ela ter fechado a porta atrás de si e dos seus filhos, eles começaram a passar-lhe as vasilhas, e ela enchia-as de azeite.

6 Quando as vasilhas ficaram cheias, ela disse a um dos seus filhos: “Traz-me outra vasilha.” Contudo, ele disse-lhe: “Não há mais nenhuma vasilha.” Nisto o azeite parou de escorrer.

7 Assim, ela foi e contou isso ao homem do verdadeiro Deus, e ele disse: “Vai, vende o azeite e paga as tuas dívidas, e tu e os teus filhos podem viver do que sobrar.”

8 Certo dia, Eliseu foi a Suném, onde havia uma mulher de destaque, e ela insistiu com ele para que tomasse uma refeição ali. Sempre que passava por ali, ele parava para comer.

9 Por isso, ela disse ao marido: “Sei que o homem que passa por aqui regularmente é um homem santo de Deus.

10 Por favor, vamos fazer um pequeno quarto no terraço e pôr lá para ele uma cama, uma mesa, uma cadeira e um candelabro. Assim ele poderá ficar lá sempre que passar por aqui.”

11 Certo dia, ele chegou ali e foi para o quarto no terraço para se deitar.

12 E ele disse a Geazi, seu ajudante: “Chama a sunamita.” Ele chamou-a, e ela foi ter com ele.

13 Eliseu disse a Geazi: “Por favor, diz-lhe: ‘Tiveste este trabalho todo por nossa causa. O que é que se pode fazer por ti? Devo falar com o rei ou com o chefe do exército a teu favor?’” Contudo, ela respondeu: “Não, eu estou bem, a morar entre o meu próprio povo.”

14 Assim, Eliseu perguntou: “Então, o que é que se pode fazer por ela?” Geazi respondeu: “Bem, ela não tem filhos, e o seu marido é idoso.”

15 Ele disse imediatamente: “Chama-a.” E Geazi chamou-a, e ela ficou parada à entrada do quarto.

16 Então, Eliseu disse: “Por esta altura, no ano que vem, estarás com um filho nos braços.” Mas ela disse: “Não, meu senhor, homem do verdadeiro Deus! Não minta à sua serva.”

17 No entanto, a mulher ficou grávida e deu à luz um filho naquela mesma altura, no ano seguinte, assim como Eliseu lhe tinha dito.

18 O menino cresceu e, um dia, foi ter com o pai, que estava com os ceifeiros.

19 Ele dizia ao pai: “Ai, a minha cabeça, a minha cabeça!” Então, o seu pai disse ao ajudante: “Leva-o à mãe.”

20 Portanto, ele levou-o à mãe, e o menino ficou no colo dela até ao meio-dia, e depois morreu.

21 A seguir, ela subiu, deitou-o na cama do homem do verdadeiro Deus e saiu, fechando a porta atrás de si.

22 Ela chamou o marido e disse: “Por favor, envia-me um ajudante e um jumento, e deixa-me ir depressa ao homem do verdadeiro Deus e voltar.”

23 Todavia, ele disse: “Porque é que vais vê-lo hoje? Não é lua nova nem sábado.” No entanto, ela respondeu: “Não te preocupes.”

24 Consequentemente, ela selou o jumento e disse ao seu ajudante: “Vai depressa e não diminuas o passo por minha causa, a menos que eu to diga.”

25 Então, ela foi ter com o homem do verdadeiro Deus ao monte Carmelo. Assim que o homem do verdadeiro Deus a viu de longe, disse a Geazi, seu ajudante: “Olha! É a sunamita.

26 Por favor, corre ao seu encontro e pergunta-lhe: ‘Estás bem? O teu marido está bem? E o teu filho?’” E ela respondeu: “Está tudo bem.”

27 Quando ela chegou ao homem do verdadeiro Deus, no monte, agarrou-se aos seus pés. Geazi aproximou-se para a afastar, mas o homem do verdadeiro Deus disse: “Deixa-a em paz, pois ela está amargurada;*1 e Jeová ocultou-me o motivo disso e não me disse nada.”

  1. Ou: “pois a sua alma está amargurada nela”.

28 Então ela disse: “Será que eu pedi um filho ao meu senhor? Não disse eu: ‘Não me dê falsas esperanças’?”

29 Eliseu disse imediatamente a Geazi: “Prende a tua veste na cintura, pega no meu bastão e vai. Se encontrares alguém, não o cumprimentes; e, se alguém te cumprimentar, não respondas. Vai e põe o meu bastão sobre o rosto do menino.”

30 Porém, a mãe do menino disse: “Tão certo como Jeová vive e como o senhor*1 vive, não o deixarei.” Por isso, Eliseu levantou-se e foi com ela.

  1. Ou: “a sua alma”.

31 Geazi foi à frente deles e pôs o bastão sobre o rosto do menino, mas não houve nenhum som nem reação. Ele voltou ao encontro de Eliseu e disse-lhe: “O menino não acordou.”

32 Quando Eliseu entrou na casa, o menino estava morto, deitado na sua cama.

33 Ele entrou no quarto e fechou a porta atrás de ambos, e começou a orar a Jeová.

34 Depois, subiu para a cama e deitou-se por cima do menino. Ele pôs a sua boca sobre a boca do menino, os seus olhos sobre os olhos dele, as palmas das suas mãos sobre as palmas das mãos dele e ficou estendido por cima dele; e o corpo do menino começou a aquecer.

35 Eliseu andou de um lado para o outro na casa, subiu para a cama e estendeu-se novamente por cima do menino. O menino espirrou sete vezes e depois disso abriu os olhos.

36 Eliseu chamou Geazi e disse: “Chama a sunamita.” Assim, ele chamou-a, e ela foi ter com ele. Eliseu disse: “Pega no teu filho.”

37 Ela entrou, lançou-se aos pés de Eliseu e curvou-se por terra diante dele, depois pegou no filho e saiu.

38 Quando Eliseu regressou a Gilgal, havia fome no país. Os filhos dos profetas estavam sentados diante dele, e ele disse ao seu ajudante: “Põe a panela grande ao lume e faz um guisado para os filhos dos profetas.”

39 Assim, um deles foi ao campo colher malvas, encontrou uma trepadeira silvestre, colheu bagas dela e encheu a sua roupa. Quando voltou, cortou-as em pedaços para dentro da panela do cozido, sem saber o que eram.

40 Mais tarde, serviram o guisado aos homens. No entanto, assim que o comeram, gritaram: “Há morte na panela, homem do verdadeiro Deus!” E não o puderam comer.

41 Assim, ele disse: “Tragam um pouco de farinha.” Depois de a deitar na panela, disse: “Sirvam-no aos homens.” E já não havia nada de mal na panela.

42 Um homem veio de Baal-Salisa e trouxe ao homem do verdadeiro Deus 20 pães de cevada feitos com os primeiros frutos maduros, e um saco de cereais novos. Então, Eliseu disse: “Dá isto aos homens para comerem.”

43 No entanto, o seu ajudante perguntou: “Como é que eu vou alimentar cem homens com isto?” Ele respondeu: “Dá-o aos homens para comerem, pois, assim diz Jeová: ‘Eles comerão e ainda sobrará.’”

44 Portanto, colocou a comida à frente deles, e, segundo a palavra de Jeová, comeram, e ainda sobrou.