Tradução do Novo Mundo da Bíblia Sagrada (nwt, pt_PT, 2016)

2 Reis

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2 Reis, 18

1 No terceiro ano de Oseias, filho de Elá, rei de Israel, Ezequias, filho de Acaz, rei de Judá, tornou-se rei.

2 Ele tinha 25 anos de idade quando se tornou rei, e reinou durante 29 anos em Jerusalém. O nome da sua mãe era Abi,*1 filha de Zacarias.

  1. Forma abreviada de Abias.

3 Ele fazia o que era certo aos olhos de Jeová, assim como David, seu antepassado, tinha feito.

4 Foi ele quem removeu os altos sagrados, despedaçou as colunas sagradas e derrubou o poste sagrado.*1 Também esmiuçou a serpente de cobre que Moisés tinha feito, pois até àquela altura o povo de Israel oferecia-lhe fumo sacrificial; e chamavam-lhe ídolo-serpente de cobre.*2

  1. Veja o Glossário.

  2. Ou: “chamavam-lhe Neustã”.

5 Ezequias confiou em Jeová, o Deus de Israel; não houve ninguém igual a ele entre todos os reis de Judá, nem antes nem depois dele.

6 Ele apegava-se a Jeová e não deixou de o seguir. Continuou a guardar os mandamentos que Jeová tinha dado a Moisés.

7 E Jeová estava com ele. Em tudo o que ele fazia, agia com sabedoria. Rebelou-se contra o rei da Assíria e recusou-se a servi-lo.

8 Ele também derrotou os filisteus até Gaza e os seus territórios, desde a torre de vigia até à cidade fortificada.*1

  1. Isto é, em todos os lugares, tanto nos pouco habitados como nos populosos.

9 No quarto ano do rei Ezequias, isto é, no sétimo ano de Oseias, filho de Elá, rei de Israel, Salmaneser, rei da Assíria, veio contra Samaria e começou a cercá-la.

10 Eles tomaram-na ao fim de três anos; Samaria foi tomada no sexto ano de Ezequias, que era o nono ano de Oseias, rei de Israel.

11 Depois, o rei da Assíria levou Israel para o exílio na Assíria, e estabeleceu-os em Hala e em Habor, ao pé do rio Gozã, e nas cidades dos medos.

12 Isto aconteceu porque não tinham escutado a voz de Jeová, seu Deus, mas continuaram a violar o seu pacto, tudo o que Moisés, o servo de Jeová, tinha ordenado. Eles não escutaram nem obedeceram.

13 No décimo quarto ano do rei Ezequias, Senaqueribe, rei da Assíria, veio contra todas as cidades fortificadas de Judá e conquistou-as.

14 Portanto, Ezequias, rei de Judá, mandou dizer ao rei da Assíria em Laquis: “Errei. Retira-te da minha terra e eu irei dar-te o que me exigires.” O rei da Assíria exigiu que Ezequias, rei de Judá, pagasse um tributo de 300 talentos*1 de prata e 30 talentos de ouro.

  1. Um talento equivalia a 34,2 kg. Veja o Ap. B14.

15 Assim, Ezequias deu toda a prata que havia na casa de Jeová e no tesouro da casa*1 do rei.

  1. Ou: “do palácio”.

16 Naquele tempo, Ezequias, rei de Judá, retirou*1 as portas do templo de Jeová e as ombreiras que o próprio rei Ezequias tinha revestido,*2 e deu-as ao rei da Assíria.

  1. Lit.: “decepou”.

  2. Isto é, revestido de ouro.

17 Então, de Laquis, o rei da Assíria enviou o Tartã,*1 o Rabe-Saris*2 e o Rabsaqué*3 com um grande exército ao rei Ezequias, em Jerusalém. Eles subiram até Jerusalém e posicionaram-se junto ao aqueduto do reservatório superior, que fica na estrada do campo do lavadeiro.

  1. Ou: “o comandante”.

  2. Ou: “o oficial principal da corte”.

  3. Ou: “o chefe dos copeiros”.

18 Quando chamaram o rei para vir até eles, Eliaquim, filho de Hilquias, que era o encarregado da casa,*1 Sebna, o secretário, e o cronista Joá, filho de Asafe, foram ao seu encontro.

  1. Ou: “do palácio”.

19 O Rabsaqué disse-lhes: “Digam a Ezequias: ‘Assim diz o grande rei, o rei da Assíria: “Em que é que se baseia a tua confiança?

20 Tu dizes: ‘Tenho uma estratégia e poder para a guerra’, mas isso não passa de palavras ocas. Em quem é que depositaste a tua confiança para teres a ousadia de te rebelares contra mim?

21 Vê, confias na ajuda daquela cana rachada, o Egito, que penetra e fura a palma da mão de quem se apoia nela. Assim é o Faraó, rei do Egito, para todos os que confiam nele.

22 E caso me digam: ‘Nós confiamos em Jeová, nosso Deus’, não são dele os altos sagrados e os altares que Ezequias removeu, dizendo a Judá e a Jerusalém: ‘É diante deste altar em Jerusalém que se devem curvar’?”’

23 Agora, faz uma aposta com o meu senhor, o rei da Assíria: eu irei dar-te 2000 cavalos se conseguires encontrar cavaleiros suficientes para eles.

24 Então, como é que poderias repelir até mesmo um dos governadores menos destacados do meu senhor, se confias nos carros de guerra e nos cavaleiros do Egito?

25 Agora, será que foi sem a autorização de Jeová que vim contra este lugar para o destruir? O próprio Jeová me disse: ‘Vai e destrói essa terra.’”

26 Em vista disso, Eliaquim, filho de Hilquias, Sebna e Joá disseram ao Rabsaqué: “Por favor, fala com os teus servos em aramaico,*1 pois entendemos essa língua. Não fales connosco no idioma dos judeus, pois o povo que está sobre a muralha está a ouvir.”

  1. Ou: “sírio”.

27 No entanto, o Rabsaqué disse: “Será que foi apenas ao teu senhor e a ti que o meu senhor me mandou dizer estas palavras? Não foi também aos homens que estão sentados sobre a muralha, que vão comer o seu próprio excremento e beber a sua própria urina convosco?”

28 Então, o Rabsaqué continuou de pé e disse bem alto no idioma dos judeus: “Ouçam as palavras do grande rei, o rei da Assíria.

29 Assim diz o rei: ‘Não deixem que Ezequias vos engane, porque ele não vos pode livrar das minhas mãos.

30 E que Ezequias não vos faça confiar em Jeová, dizendo: “Jeová certamente nos livrará, e esta cidade não será entregue nas mãos do rei da Assíria.”

31 Não escutem Ezequias, pois assim diz o rei da Assíria: “Façam paz comigo e rendam-se,*1 e cada um poderá comer da sua própria videira e da sua própria figueira, e beber água da sua própria cisterna,

  1. Lit.: “Façam uma bênção comigo e saiam a mim”.

32 até que eu venha e vos leve a uma terra igual à vossa, uma terra de cereais e de vinho novo, uma terra de pão e de vinhas, uma terra de oliveiras e de mel. Então continuarão vivos, não morrerão. Não escutem Ezequias, pois ele está a enganar-vos, dizendo: ‘Jeová irá livrar-nos.’

33 Será que algum dos deuses das nações livrou a terra delas das mãos do rei da Assíria?

34 Onde estão os deuses de Hamate e de Arpade? Onde estão os deuses de Sefarvaim, de Hena e de Iva? Será que eles livraram Samaria das minhas mãos?

35 De todos os deuses destas terras, qual deles foi capaz de livrar a sua terra das minhas mãos? Então, será que Jeová livrará Jerusalém das minhas mãos?”’”

36 Contudo, o povo ficou calado e não lhe disse uma palavra em resposta, pois a ordem do rei era: “Não lhe respondam.”

37 Por conseguinte, Eliaquim, filho de Hilquias, que era o encarregado da casa,*1 Sebna, o secretário, e o cronista Joá, filho de Asafe, dirigiram-se a Ezequias com as suas roupas rasgadas e contaram-lhe as palavras do Rabsaqué.

  1. Ou: “do palácio”.