Tradução do Novo Mundo da Bíblia Sagrada (nwt, pt_PT, 2016)
Isaías
Isaías, 59
1 Vejam! A mão de Jeová não é demasiado curta para salvar, Nem é o seu ouvido tão surdo*1 que não possa ouvir.
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2 Não, os vossos próprios erros separaram-vos do vosso Deus. Os vossos pecados fizeram-no esconder a sua face de vocês, E ele recusa-se a ouvir-vos.
3 Pois as vossas mãos estão manchadas de sangue; E os vossos dedos, de erro. Os vossos lábios dizem mentiras, e a vossa língua murmura injustiça.
4 Ninguém clama por justiça E ninguém diz a verdade quando vai a tribunal. Confiam em irrealidades*1 e dizem coisas sem valor. Concebem desgraça e dão à luz a maldade.
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5 Chocam ovos de uma cobra venenosa E tecem teias de aranha. Quem come os seus ovos morre, E do ovo partido sai uma víbora.
6 As suas teias não servirão de roupa, Nem se cobrirão com o que fazem. As suas obras são más, E praticam atos de violência com as suas mãos.
7 Os seus pés correm para fazer o mal, E apressam-se em derramar sangue inocente. Os seus pensamentos são pensamentos maus; Há ruína e desgraça nos seus caminhos.
8 Não conhecem o caminho da paz E não há justiça por onde passam. Entortam as suas veredas; Ninguém que andar por elas conhecerá a paz.
9 Por isso a justiça está longe de nós, E a retidão não nos alcança. Esperamos pela luz, mas há escuridão; Pela claridade, mas continuamos a andar em trevas.
10 Apalpamos o muro como cegos; Continuamos às apalpadelas como os que não têm olhos. Tropeçamos ao meio-dia como se fosse de noite; Somos como mortos entre os fortes.
11 Todos bramimos como ursos E gememos como pombas. Esperamos pela justiça, mas em vão; Pela salvação, mas está longe de nós.
12 Pois os nossos atos de rebeldia são muitos diante de ti; Cada um dos nossos pecados dá testemunho contra nós. Porque conhecemos bem a nossa rebeldia; Estamos cientes dos nossos erros.
13 Transgredimos e negámos a Jeová; Virámos as costas ao nosso Deus. Falámos de opressão e de revolta, Concebemos mentiras e murmurámos falsidades procedentes do coração.
14 A justiça é obrigada a afastar-se, E a retidão fica ao longe; Pois a verdade*1 tropeçou na praça, E o que é certo não consegue entrar.
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15 A verdade*1 desapareceu, E quem se desvia do mal é vítima de saque. Jeová viu isto e desagradou-lhe,*2 Pois não havia justiça.
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16 Ele viu que não havia ninguém, Ficou espantado por ninguém interceder, De modo que o seu próprio braço trouxe a salvação,*1 E a sua própria justiça levou-o a agir.*2
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17 Então, ele vestiu a justiça como se fosse uma cota de malha, E pôs na cabeça o capacete da salvação.*1 Colocou a roupa da vingança E vestiu-se de zelo como se fosse uma capa.*2
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18 Há de retribuir-lhes pelo que fizeram: Furor aos seus adversários, retribuição aos seus inimigos; Dará às ilhas o que merecem.
19 Desde o poente o nome de Jeová será temido, E desde o nascente a sua glória será reverenciada, Pois ele virá como um rio impetuoso, Que é impelido pelo espírito de Jeová.
20 “O Resgatador chegará a Sião, Aos de Jacó que abandonam a transgressão”, diz Jeová.
21 “Este é o pacto que farei com eles”, diz Jeová. “O meu espírito, que está sobre ti, e as minhas palavras, que pus na tua boca, não se afastarão da tua boca, nem da boca dos teus filhos,*1 nem da boca dos teus netos”,*2 diz Jeová, “agora e para sempre”.
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